A Fiocruz participa, de 17 a 21 de outubro, da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Com o tema “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”, a 19ª SNCT irá retomar as atividades presenciais. Para o coordenador adjunto da Comissão Fiocruz para o ano “Ciência e Saúde para a Soberania e Democracia”, Diego Vaz Bevilaqua (COC/Fiocruz), “O interessante esse ano é que a gente tem esse momento do reencontro presencial com o público, que vai acontecer não só no Rio de Janeiro, onde fica a maior parte das unidades da Fundação, mas em todas do país. Um reencontro de todas as unidades com o público.”
Como em anos anteriores, as atividades da SNCT serão descentralizadas, acontecendo não apenas no campus Maré-Manguinhos e nas sedes das Regionais, mas em cidades do interior dos estados. Para Diego, as atividades de itinerância, nesse diálogo com o público, são uma marca da Semana Nacional: “A gente traz o público para o campus, mas também vai até várias dessas localidades para levar ações para lá.” Nos territórios de Manguinhos e da Maré, no entorno da Fiocruz, no Rio, as atividades serão em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e acontecerão na semana posterior à do dia 17 de outubro.
Diego destacou que os aprendizados de 2020 e 2021, quando as atividades aconteceram apenas virtualmente, devido à necessidade de distanciamento social pela pandemia de Covid-19, permanecem. Além do site (https://snct.fiocruz.br/), que agrega as informações de todas as atividades da Semana Nacional, a abertura do evento, no dia 17 de outubro, às 10h, será transmitida on-line para ser compartilhada com unidades e escritórios da Fiocruz em outros estados.
Na cerimônia, intitulada “Impacto da Covid-19 e Nosso Futuro”, a presidente Nísia Trindade receberá a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e membra da Academia Nacional de Medicina. A palestra de Margareth Dalcomo vai tratar de como os 200 anos de ciência e tecnologia no Brasil produziram nossa resposta à pandemia de Covid-19 e de como a ciência pode colaborar para um projeto de futuro de país. “Margareth Dalcomo vai falar do momento atual, da questão da pandemia e do futuro, mas trazendo essa perspectiva histórica de quanto o desenvolvimento desses 200 anos de ciência e tecnologia montam esse sistema que hoje a gente tem, que é robusto, que, mesmo com as dificuldades, resiste, ajudou a população efetivamente a se vacinar e a ter protocolos eficientes para combater a Covid”, disse Diego. “Quando falamos de 200 anos parece que a gente só está olhando pra trás, mas esses 200 anos vêm até o dia de hoje, ou seja, como esses 200 anos nos projetam para o futuro. Esse é o desafio, a grande chave para a gente pensar a Semana Nacional. A gente fala dos fatos passados, mas sem deixar de ter essa perspectiva de que tudo isso é pra gente olhar pra frente”, completou.
Outro destaque será a realização do Festival de Cultura Popular Brasileira do Museu da Vida, que acontecerá paralelamente à SNCT, com o objetivo de valorizar a diversidade cultural do país. “O Festival também traz a perspectiva de aproximação do território através da cultura popular. Isso agrega algo que a gente sempre busca enfatizar na SNCT porque a gente não pode, principalmente no diálogo com a sociedade, olhar a ciência descolada da sua relação com a arte e cultura”, ressaltou Diego, “Queremos trazer essas duas faces da cultura: a cultura popular e a cultura científica. Acho que vai ser algo muito interessante”. A programação do festival também está no site da 19ª SNCT em https://snct.fiocruz.br/.