Coordenadora do Ano Ciência e Saúde para a Soberania e a Democracia fala sobre as celebrações no Sexta de Conversa

Simone Kabarite

A Coordenadora geral do Ano Ciência e Saúde para a Soberania e a Democracia, Magali Romero Sá, participou, no dia 12 de agosto, do Sexta de Conversa, programa mensal, transmitido pelo canal da Fiocruz no YouTube, que recebe convidados e em que a presidente Nísia Trindade Lima responde às perguntas enviadas pelos trabalhadores durante transmissão ao vivo. Na ocasião, Magali destacou as motivações para a realização das celebrações que são marcos históricos para a formação do Brasil - Bicentenário da Independência, 150 anos do médico e sanitarista Oswaldo Cruz e 30 anos da Eco 92.

“Esse ano é de extrema relevância para se refletir sobre o compromisso da Fiocruz com a ciência e a saúde, como pontos estratégicos para o desenvolvimento do bem estar social, da economia e da tecnologia”, afirmou Magali. Para ela, a escolha dessas Efemérides tem o intuito de fazer a instituição e a sociedade pensarem sobre os acontecimentos históricos desses dois séculos de independência e projetar o futuro que queremos, com igualdade de direitos, educação de excelência e saúde para todos.

Para também falar sobre o Ano Ciência e Saúde para a Soberania e a Democracia, a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC) Dominichi Miranda foi a outra convidada para participar do programa. Segundo ela, essas agendas são muitos importantes também para resgatar a participação das ciências, dos cientistas e dos médicos na formação e nos projetos de pais. “Nós temos pensado como importante motivação para essa agenda, que essas efemérides não são meras comemorações. Pensamos na perspectiva histórica e crítica e também no exercício entre passado e futuro, com vistas a discutir desafios nacionais e projetar planos e programas para o Brasil”, destacou.

A presidente da Fiocruz Nísia Trindade chamou atenção para os conceitos de soberania e democracia. “Na verdade, quando falamos sobre soberania tendemos a pensar na soberania dos estados. Independência deveria implicar em soberania, mas sabemos que não é bem assim, porque temos o problema da vulnerabilidade, acentuada nesse pandemia, da desigualdade da ciência e tecnologia como marcas de reforço nessas desigualdades históricas”, destacou. “Soberania também é um valor do povo, como base da democracia. Eu acompanhei a leitura da Carta Pela Democracia e pelo Estado de Direito, realizada pela USP, e vi o depoimento de uma que jovem que reivindicou o aprofundamento da democracia. Acho que o nosso projeto mais amplo é aprofundar a democracia. Isso significa radicalizar o próprio conceito, pensarmos como e se e somos efetivamente inclusivos”, concluiu. Assista ao programa na íntegra..